Um protesto de trabalhadores em Roma reuniu neste sábado (25) um milhão de pessoas, de acordo com estimativas dos organizadores, a Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL).
A manifestação tem como tema central a reforma trabalhista proposta pelo primeiro-ministro, Matteo Renzi, a qual leva o nome de “Jobs Act”. Com o slogan “Trabalho, Dignidade e Igualdade para mudar a Itália”, o protesto conta com a presença da secretária-geral da CGIL, Susanna Camusso, que ameaça convocar uma greve geral.
“Estamos prontos para seguir adiante com os protestos para mudar a política do governo, inclusive através de uma greve geral”, disse Camusso.
A reforma de Renzi tem como objetivo flexibilizar o mercado de trabalho e incentivar as empresas a contratarem. No entanto, os críticos da proposta dizem que o premier quer tirar direitos dos trabalhadores. As discussões recaem, especificamente, sobre as mudanças no artigo 18 do Estatuto dos Trabalhadores, que regula as demissões sem justa causa.
O projeto estava enfrentando resistência até mesmo dentro do Partido Democrático (PD), liderado por Renzi. Esses críticos do PD também marcharam por Roma ao lado dos manifestantes neste sábado.
Enquanto isso, a cúpula do PD participava de uma convenção política em Florença, com Renzi, para debater propostas políticas. O evento, que leva o nome de “Leopolda5”, pois está na quinta edição, começou ontem (24), com o slogan “O futuro é só o início”. Em seu discurso na convenção, Renzi prometeu que governará a Itália por apenas dois mandatos. “No máximo, chegarei até 2023”.
Renzi assumiu o governo italiano em fevereiro de 2014, com a promessa de realizar mudanças no país em um prazo de mil dias.
Ele já propôs reformas em diversos setores, porém, tem encontrado resistência em algumas áreas.
Fonte: ANSA